quinta-feira, 29 de maio de 2014

Pelo amor.

O amor foi banalizado. Vivemos em uma era aonde falar de amor e cantar sobre amor tem sido comum. É mais um jeito de atingir a massa. Vejo muitos falando de amor e se apropriando do amor mas que não o praticam de fato. Esse talvez seja o principal erro da sociedade moderna: o amor não-praticante.



Isso acontece muito porque estão sempre confundindo amor com paixão. São sentimentos próximos mas não são os mesmos. Paixão é loucura, amor é resplendor. Não é necessário um para chegar ao outro. Afinal de contas, quem foi que te disse que para amar a gente precisa se apaixonar?

Infelizmente, alguém delimitou um conceito invisível na mente de cada ser humano de que o amor é um produto gerado em consequência de afeto e admiração. Mas precisa ser assim? Por que não podemos acreditar que o amor puro em plena forma abstrata e intangível é a melhor maneira de conexão entre os seres humanos e tudo o que os cercam? Por  que o ato de amar significa tanto ao ponto de nos podarmos? 



Estamos sempre acreditando que amar trás uma responsabilidade gigante, e que no ato de amar estamos nos doando mais do que deveríamos. E amor se trata disso mesmo, de se doar, de deixar tudo de você em cada pedaço daquilo que se dedica, de se preocupar, de cuidar e tratar. Daí acabamos nos responsabilizando por aquilo que amamos. E qual o problema?

E se amássemos sem limites? E se amássemos até quem não merece? E se olhássemos para todos que andam nas ruas com ações pré-programadas de ir e vir sem pestanejar e simplesmente amássemos? Por que não podemos nos doar e nos preocupar e cuidar de quem sequer conhecemos? Eu não sei, mas tenho a nítida impressão de que se começássemos a colocar amor em cada segundo de nossas vidas e para tudo ao nosso redor, tudo seria muito melhor!



Porque com amor, nada se perde, só se ganha. É o único sentimento que podemos depositar em tudo e em todos sem perder nada de nós, pelo contrário, só se ganha. E parece loucura que eu fale disso pois guardo ressentimento de algumas pessoas, pois elas plantaram ódio sobre minha pessoa e não consigo enxergá-las com compaixão. É... ninguém disse que deve ser fácil.

Mas se esse não for um caminho pelo qual devo escolher seguir, qual outro seria? Não vejo vantagem alguma em qualquer outra forma de relação humana em que acrescente ao espírito e fortaleça de fato a corrente em que vivemos. Quero dizer, estamos todos interligados de alguma maneira, não é mesmo? Fazemos parte do mesmo plano, como podemos nos matar sem questionar isso?



Declaro aqui minha total entrega a nova vida, a um novo plano, à total forma de amor que nos deve ser concedida. Se somos capazes de fabricar um sentimento tão pleno como esse, que pratiquemos sua criação e exerçamos sua real recompensa: PAZ!

Mais paz, pelo amor.


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