Eu realmente quero acreditar que foi parte de mais um devaneio e que a presença da luz tocando meu rosto, aquecendo minha pele, é totalmente controversa. Mesmo que tirem os tijolos que cobrem as janelas, ainda restará um breu só, pois aqui é sempre noite.
E enquanto eu anoiteço, vivo cada estrela que me acompanha, eu tenho que ter certeza, tenho que saber, que não dá mais para investir em ilusão. Eu não posso culpar ninguém... a unica que cultivou essa esperança sem nexo algum, fui eu.
Estamos sempre com expectativas do externo. Sempre esperando algo dos outros. Sempre confiando em alguém, sempre nos expondo e esperando que tudo dê certo. Talvez se fecharmos os olhos para fora e os abrirmos para dentro, veremos que não precisamos esperar dos outros o que temos aqui dentro. E que não existe ação externa, apenas o que parte da gente e o que nos torna parte do todo. Somos máquinas de transformação, uns com filtro, outros sem. E nessa busca por autocontrole, quem sabe, controlemos tudo ao nosso redor. Sabe, parte da gente. Preciso realmente por isso em prática, e enterrar toda ilusão que me foi rendida. Já enterrei sentimentos outras vezes, mortos... dessa vez é diferente.
Enterrar um sentimento vivo é cruel, mas necessário. Eu preciso entender isso. Nós sempre nos destruímos um pouco em cada processo desse. Faz parte, é natural. Eu só não posso me entregar e cair junto na cova, mas tenho certeza que isso não será um problema. O único problema vai ser continuar alimentando isso dentro de mim. E não vou mais.
Obs¹.: Pelo que podem perceber fiquei muito tempo sem postar, tudo estava indo perfeitamente bem.
Obs².: Não desperte nenhum sentimento forte demais em um poeta. Minha dica.
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