"Não interrompa meu Beef à Rolet
com seu Rolezinho!!!"
Disse, cuspindo as sobras
Do prato chique do
Restaurante caro
de um shopping de São Paulo
"Não venha até aqui
Na minha bolha cibernética
Que protege da moral
e Da falta de ética
Que tenho com você
E sua capa esquelética"
Não arranque de mim
Minha máscara que suspeito
Segurar minhas falhas
E todos os meus preconceitos
Porque não aceito
Revelar-me dessa forma
Não aceito! Não admito!
Omito e minto se disserem
Mas não concordo quando veio
Com seus mitos e ritos
Porque tudo isto
Fere meus devaneios
Atinge-me com um tapa
Me abre os olhos
E me fala: Há mais a se ver
E me diz: Onde estava!
Me mostra meus miolos!
Desaba com tudo que acreditava
Falácia!!! Aonde estão
as linhas que nos cercam?
A linha tênue que te esconde?
Que permite que eu seja
Ou que eu tente ser
Sem perceber seu "bonde".
Sem ver o outro lado
Sem sentir remorso ou coisa parecida
Como vou levar a vida,
Sabendo que sou a causa,
Os motivos para a ferida
Que vocês me causam?
Como vou ver televisão?
Assistir meu noticiário diário
Se em cada canto aonde estão
Plantam em mim ódio, por saber
Por conhecer seu cenário
De resistirem a esse trato
Saiam do meu palácio pós moderno
Do meu templo de culto ao consumo
Do meu magistério, QUE INFERNO!
Voltem para seus túmulos
Chamem os soldados do império!
Que nos protegem mudos
Eu quero paz!
Para poder ter meu único refugio
Voltem para seus campos de extermínio
Que só assim eu consigo
Adormecer em sono profundo
E mostrar que eu não ligo
Deixem tudo como estava"
Repetia sem parar...
Sem parar, e parado estava
Sentado em sua certeza sem receio
Sem esperar a revolta
Que se volta em cada passeio!
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