sexta-feira, 22 de março de 2013

Rupturas

Eu quero uma ruptura pra chamar de minha! Eu quero superar meus anseios, traumas, comportamentos rompendo com ações comportamentais do meu cotidiano. Quero tratamento de choque.
Para toda mudança é necessário que se criem rupturas. Eu quero mudar... mas como? Quero quebrar as correntes que se prendem à mim, que me seguram à segurança desse chão! Quero provar a incapacidade do ser humano de manter-se estável!
Quero ir além, quero perder. Quero romper de vez com meu eu atual e ir buscar algo novo que faça sentido.
Adianta buscar a mudança sem buscar libertação?
Chega de ser escrava dos meus desejos, da minha insegurança, da minha contestação ao mundo, eu quero mais de mim!!!
Eu quero chegar ao ponto desconhecido da minha verdade. Quero poder tornar minha vida unica, com todas as minhas capacidades atingidas, meus limites encontrados em arestas da minha dor, quero sentir a vida com tamanha intensidade à ponto de viver cada possibilidade que o mundo permite.
Eu quero libertação dos limites!
Quero libertação dessa falta de horizonte, do apego ao chão que piso, quero espaço ao novo, experimentar novos conceitos.



Experiencia. Quero ter experiencia e conhecimento, para que nos últimos instantes dessa vida sem caminhos eu possa garantir que o desespero do limite humano é vago.
Que meus pés e mãos não cheguem além de seu cumprimento mas que minha consciência tenha profundidade indefinida, a ponto de me tornar ou destornar o que quiser e vier.
Não estou abordando conceitos materiais, lugares, espaços físicos ou pessoas, estou falando do espaço e dos horizontes que se escondem no subconsciente, dos abismos inatingíveis do EGO. Eu quero cobrar mais de mim em todas as possibilidades.
Eu tenho a plena ciência de que essa libertação (não me refiro aqui à liberdade) é dolorosa e tempestuosa, demorada e pertinente, mas que saibam que é de todo válida.
Por isso não quero a mudança apenas em sua forma bela, não quero apenas a fase final tão almejada. Eu quero viver todos os seus processos com tamanha intensidade, que isto possa provar a minha vivencia por completo.

A ruptura é o primeiro passo. E não quero nada que seja de ganhos fáceis, porque não são devidamente valorizados, quero conquistas árduas, como escaladas do medo e perda de oxigênio ao meio do caminho. Mas que a cada falta de ar eu valorize cada vez mais o ar que respiro. Que eu valorize minhas posses e meus valores reais tendo o sentimento de perda como aliado ao sucesso.
Quero poder sentir as amarras soltando-se e meus pulsos sendo rasgados com a força e velocidade das cordas partindo-se.
Quero que toda e qualquer ruptura seja intensa o suficiente não para somente transformar, mas para que deixe marcas que sobreponham os séculos que se prolonguem alem de minha existência.
E não é o só o querer, é o ser e é o estar. E que as portas das possibilidades estejam sempre abrindo-se!


Um comentário:

  1. Quanta grandeza Larissa! Desassossego e inquietação em ti. E é tão bom que seja assim, é preciso que seja assim pra fazer valer a vida que nos foi legada. Como sempre parindo belos e inquietpos filhos em forma de prosa.

    ResponderExcluir

Olá, deixe um pouco de vc por aqui...