sábado, 29 de dezembro de 2012

Ai de mim.

Ainda não me dei conta, de que não importa o quanto a gente seja real, sempre haverão motivos falsos. Momentos falsos. Pessoas falsas. Idéias falsificadas. Que a intensidade do Ser, pode ser destruída em milésimos de segundos. Que tudo isso é em vão, porque nada nunca fez sentido de verdade.
É eu vejo anos novos vindo, já fazem uns 20 e é pouco. Porque não importa mais.
Perdendo a complexidade da minha história, perdi também a importância dela. Já não pareço tão importante. Morreu o sonho de morrer e ficar. Acho que sou apenas mais uma, que já deve ter sonhado desse jeito. É a minha história, que já não é tão mais bonita assim.
Admiração de porcelana, quebrada. Parece que não tem mais encanto. Tem uma cidade com 12 milhões de habitantes, e eu sou mais uma que entra pelo metrô todos os dias, e só trago algo de real quando sou questionada. Até ali, maquinada de fatos. De todas as mulheres que leem sempre os mesmo livros, talvez meus livros sejam só mais livros.
Raciocínio perdido. Só me trouxe para uma realidade abstrata que quando decifrada é triste. Me fez perder minha história. Uma pessoa sem história é uma pessoa sem memória. Perdi a minha memória. Pronto. Pode me enterrar.
Aí de mim, de todos meus atos, que me caracterizavam como única, talvez, ainda seja. Talvez minha história não seja grande, talvez 20 anos novos não tenham sido suficientes para torná-la bela. E toda essa insignificância seja necessária para uma humanização plena. Talvez o fato de diminuir-se aumente a jornada, engrandece ao redor. É significativo ser insignificante, de algum modo.
Necessário para crescer.

Acho que tudo que fiz até aqui, é meu. Isso torna tudo que fiz importante, porque é único. Viver de passado não me corresponde, não responde ao meu âmbito principal. Mas ter um passado é essencial.

Não me perdi. Ai de mim, me perder aí.


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