domingo, 4 de abril de 2010

Onde está o amor?

Digo que é um sentimento raro. Poucos tem a capacidade de senti-lo intensamente, de ouvi-lo, de respeita-lo. Quando tem essa oportunidade a deixam escapar por entre os dedos, como areia fina escorrendo.



O Amor é algo delicado como uma porcelana, algo ardente como o fogo, intenso como a vida. Não pode ser desprezado. Faz parte da humanidade. Essa da qual se esqueceu do motivo de estar viva. A vontade de amar. De ser feliz. De seguir um objetivo, o qual é chamado devidamente de sonho. Estou citando esse amor pela vida, amor pelo próximo, amor pelo seu semelhante. Amor pela suas palavras.



Por que as palavras? Oras, porque elas são a essência da construção de uma sociedade. As palavras que se usam aqui, podem não fazer sentido, mas estão sendo ditas do meu consciente, revelam quem eu sou e como eu penso (sim eu acredito na psicologia). Quando a maioria das pessoas jogam palavras no ar, jogam para não serem julgadas, constroem uma capa da invencibilidade, da honestidade. Mas interiormente são levadas por momentos de um conceito dadaísta de que não há nada mais puramente individual do que aquilo que brota do inconsciente. Somos pessoas que somos levadas pelos momentos a nossa volta sem contar com a realidade que nos cerca.



Fico pensando no amor nesses casos, porque o que eu presenciei nesse "santo" final de semana me fez refletir em quantidade relevante. Traição de suas próprias palavras, traição de seus próprios amores. Não sou assim. Não consigo ir contra meus princípios, contra aquilo que eu realmente acredito, contra aquilo que eu realmente amo. Se palavras são assim, facilmente jogadas ao vento, sem consentimento, sem respeito, por puro divertimento.. eu pergunto.. em quem confiar? As palavras nunca serão reais pelo que as pessoas são.



Penso na humanidade. Penso no quão humana eu sou, e penso que só um poeta pode sofrer esse tipo de revolta constante. Penso que nossas ações são reflexos dos nossos pensamentos. Tudo o que eu vejo, todos os dias, todas as vezes que eu ando por esses lugares, todos os rostos sofridos que eu olho e todo movimento que eu faço pra tentar levar amor nesses lugares...sabe... isso não é em vão. E em meio a toda a revolta que me cerca, em meio a todos os destroços, podem me perguntar: então porque você insiste nisso? Como acreditar nessa humanidade cega caminhando para um buraco negro?
Eu acredito nessa humanidade, em cada ser humano, em cada ser especial que existe nesse planeta, porque eu consigo enxergar uma luz no fim do túnel no singelo sorriso de uma criança.

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