sábado, 19 de setembro de 2009

Prefácio

Faz tempo que eu não escrevia uma estória, faz tempo que eu não paro pra escrever alguma coisa que não sejam e-mail de cotação, pedidos e relatórios diários. Por isso vou escrever um pouco...

"Raquel não é do tipo de pessoa que é notada na rua, mesmo porque não tem uma aparência física do padrão adotado pela sociedade, apesar de que se decidir usar um pouco de maquiagem ela faria sucesso. Fisicamente Raquel é cheia de defeitos, em pensar que ela se importaria com isso. Mas ela não faz questão, a aparência é a ultima coisa que tem em mente. Gosta de usar roupas confortavelmente leves, um chinelo ou uma sandália sempre lhe caem bem.
Uma pessoa que ao olhar não teria importância nenhuma. Mas aqueles que conseguiram mais que 10 minutos de conversa com ela jamais a esqueceram. Com a pouca idade que tem consegue ter pensamentos filosóficos, políticos e psicológicos com perfeição. Isso tudo se deve a leitura. Raquel mora nos fundos da biblioteca da cidade, e há quem não acredite, mas ela consegue ler até 3 livros por dia, dependendo claro, da espessura e contexto do livro em questão. A bibliotecária Roberta garante que a garota já leu mais do que 800 livros na vida e que começou a ler com 3 anos e meio.
Trabalha no armazém do senhor Antunes que lhe paga alguns trocados no fim de cada mês para ajudar com a alimentação, já que é a única coisa que Raquel consome, ao não ser os livros e roupas novas a cada semestre.
Roberta é acostumada ao ouvir os passos noturnos na biblioteca, ela sabe que Raquel gosta de ler durante a madrugada, porque é mais silencioso e não há ninguém para atrapalha-la.
Era para Raquel estar cursando o 2º ano do ensino médio, mas devido a falta de adequação ao ambiente escolar (devido as chacotas e preconceitos) ela decidiu parar e viu que na casa da frente, ia encontrar muito mais conhecimento do que em uma sala de aula com 30 alunos semi-analfabetos que não conseguiam nem ao menos ter um debate de 20 palavras diferentes, segundo ela.
Apesar das desavenças com pessoas de sua idade, ela trata o mundo como a coisa mais maravilhosa do universo, e diz que cada ser humano tem algo de especial.
Ao ser escolhida para uma decisão tão importante, que não seria apenas a maior de sua vida, mas, a de todos, Raquel se pergunta porque ela teria de realizar tal feito para mudar ou não a história da humanidade.
Na turbulência do momento todas as concepções sobre a humanidade que Raquel tem são abordadas e todas suas lembranças e sentimentos são revelados.
O que Raquel viverá só pode ser real do modo que ela enxerga tudo, e por isso tudo foi relatado para viver eternamente, independente de sua decisão final.

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